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Entenda as Mudanças no Financiamento Imobiliário pela Caixa

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Entenda as mudanças no Financiamento Imobiliário pela Caixa

Nos últimos meses, a Caixa Econômica Federal anunciou alterações significativas nas regras de financiamento habitacional, que impactarão tanto compradores de imóveis novos quanto usados. A Caixa, responsável por quase 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil​, divulgou mudanças que já estão em vigor e outras que entrarão em breve, principalmente relacionadas à redução dos percentuais de financiamento e ao aumento da exigência de entrada.

 

1. O que mudou no Financiamento Habitacional pela Caixa?

As mudanças mais relevantes anunciadas pela Caixa Econômica Federal estão diretamente relacionadas ao percentual de financiamento. Antes, os compradores podiam financiar até 80% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) e até 70% pela Tabela Price. No entanto, com as novas regras, esses percentuais foram reduzidos para 70% e 50%, respectivamente​.

1.1 Financiamento pelo Sistema de Amortização Constante (SAC)

No modelo de amortização constante, o valor das parcelas vai diminuindo ao longo do tempo, o que ajuda a reduzir os juros pagos no longo prazo. No entanto, com as novas regras, o percentual de financiamento foi reduzido de 80% para 70% do valor do imóvel​. Isso significa que o comprador precisará desembolsar 30% do valor do imóvel como entrada.

1.2 Financiamento pela Tabela Price

A Tabela Price, que mantém parcelas fixas ao longo do contrato, também sofreu alterações. O financiamento, que antes era de até 70%, agora foi reduzido para 50% do valor do imóvel​. Esse sistema tende a ser mais popular entre compradores que buscam previsibilidade nas prestações, mas a necessidade de uma entrada maior pode tornar essa opção menos acessível para muitos.

2. Quando as novas regras começam a valer?

As novas regras para o financiamento habitacional pela Caixa começam a valer em 1º de novembro de 2024. Originalmente, as mudanças estavam previstas para entrar em vigor em outubro, mas a Caixa prorrogou o início para dar mais tempo aos compradores e agentes do mercado imobiliário se adequarem​.

As alterações impactam tanto o Sistema de Amortização Constante (SAC) quanto a Tabela Price, e serão aplicadas a imóveis novos, usados, comerciais e lotes urbanizados​. Isso significa que, a partir dessa data, os compradores deverão estar preparados para atender às novas exigências de entrada e financiamento.

Se você está considerando adquirir um imóvel financiado pela Caixa, é essencial que se planeje e ajuste suas expectativas para as novas condições.

3. Impacto das Novas Regras para Compradores

3.1 Maior Seletividade no Crédito

A Caixa deixou claro que essas mudanças também refletem uma maior seletividade na concessão de crédito. A diminuição da participação da poupança no financiamento imobiliário é uma das razões para essa maior seletividade​. Com menos recursos disponíveis e o aumento da Taxa Selic, o banco passa a restringir as condições de financiamento, exigindo mais garantias do comprador.

4. Acesso ao Financiamento para Imóveis de Até R$ 1,5 Milhão

Outra mudança importante diz respeito ao limite de valor do imóvel que pode ser financiado com os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A Caixa agora só financiará imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão. Anteriormente, não havia limite para o valor dos imóveis financiados por essa linha de crédito.

Esta mudança tem impacto direto nos compradores de imóveis de maior valor, que agora precisam buscar outras fontes de financiamento ou arcar com uma entrada ainda maior.

5. Consequências para o Mercado Imobiliário

As mudanças nas regras de financiamento habitacional pela Caixa podem ter efeitos no mercado imobiliário como um todo. A exigência de uma entrada maior pode reduzir a quantidade de compradores elegíveis para financiar imóveis, o que pode, por sua vez, impactar a demanda e o valor dos imóveis disponíveis no mercado​.

Redução na Demanda de Imóveis

Com mais barreiras para o financiamento, é possível que vejamos uma queda na procura por imóveis no curto prazo, especialmente aqueles de maior valor. A necessidade de uma entrada substancial, combinada com as taxas de juros elevadas devido à Selic alta, pode desmotivar muitos compradores potenciais​.

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